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As Pombas
AS POMBAS
(Raimundo Correia)
Vai-se a primeira pomba despertada …
Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada.
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais, de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada…
Também dos corações onde abotoam
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem… Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais…

Precisamos dar vida aos nossos sonhos, senão eles passam e jamais voltarão. Não são como as pombas!
ResponderExcluirLindo soneto do Raimundo Correa.
Abração.
Que espaço bonito poeta, textos que nos fazem refletir e valorizar ainda mais a vida... bálsamo que pazeia nosso espirito e coração. Prazer imenso ter vindo aqui. Abraços!
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